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COMUNISMO & SOCIALISMO – A HISTÓRIA DE UMA ILUSÃO
COMUNISMO & SOCIALISMO – A HISTÓRIA DE UMA ILUSÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

COMPREENDENDO AS TEORIAS MARXISTAS

O valor do trabalho

Para refutar as teorias marxistas, devemos inicialmente compreender Marx. A base da teoria marxista consiste na teoria objetiva do valor. Cabe citar que esta teoria não fora criada por Marx, mas exposta e de antemão por economistas clássicos como Smith e Ricardo. Embora tais pensadores tivessem inaugurado e agraciado a economia moderna com descobertas esplendidas, eles cometeram um erro grave ao tentar descrever o gênese do valor. Suas teorias estavam incompletas faltando-lhe desenvolver um fundamento crucial: a perspectiva psicológica sobre o mercado. Para economistas como Rothbard, tal desatenção rendera o surgimento de uma doutrina não somente destinada ao fracasso, mas capaz de perverter a ciência econômica. Os motivos talvez estejam impressos na época em que viviam. Alguns estudiosos consideram que em função dos avanços das ciências naturais, os economistas clássicos partiram de uma visão materialista e empirista do valor, atribuindo-o a coisas ao invés de às concepções subjetivas indelineáveis.

Para Marx, tal como para os economistas clássicos, o valor de toda mercadoria dependeria exclusivamente da quantidade de trabalho empregue na sua produção. Assim como acreditavam os clássicos, Marx defendia que as mercadorias possuíam um valor de utilidade e um valor de troca. Marx busca encontrar uma medida permanente para equipará-los através do exemplo do trigo e do ferro. Segundo ele deve haver um meio segundo uma quantidade de trigo possa ser comparada a uma quantidade de ferro. Este fator não é comum a um e nem a outro, visto que suas características corporais entram em consideração apenas na medida em que se tornam úteis, o que o faz relevar um terceiro elemento. Para encontrar este ponto em comum, Marx considera necessário ignorar as características corpóreas dos bens visto que elas entram em consideração, somente na medida em que os objetos são uteis. Marx notara que as relações de troca aparentavam abstrair-se do valor de uso.

Por exemplo: uma refeição pode parecer tão útil quanto um brinco, mas o brinco pode ter um valor mais elevado que muitas refeições. Logo, valores de uso estão representados em quantidades diferentes. De forma ainda mais atenuante são os valores de troca, sempre representados de forma diferente. Abstraído o valor de uso e de troca das mercadorias, ainda resta uma característica comum entre objetos em quantidades distintas: o trabalho empregue na lapidação destes bens de consumo. Neste sentido, todas as suas características como produtos são apagadas, reduzindo-se ao mero e abstrato trabalho humano: o terceiro elemento procurado. Devo memorar que Marx se depõe a examinar somente o valor de manufaturas destinadas ao mercado, ignorando o valor de diversos outros bens, o que torna sua teoria ainda mais simplista e equivocada.

Após estas conclusões, Marx disserta sobre a medida de grandeza dos valores. Como o trabalho é substancia do valor, em consequência, a grandeza do valor de todos os bens se mede pela quantidade de trabalho contido através do tempo. Marx inclui a este valor, o tempo “socialmente necessário” na produção. Todavia, como seria possível entender o que é socialmente necessário à produção? Como distinguir a necessidade de produzir camisas listradas ou estampadas? Obviamente, o desejo dos consumidores: uma noção subjetiva ignorada em sua ideologia. Na teoria marxista, os valores são estáticos e dependem do tempo de trabalho e de sua dimensão social. Quando se depara com a evidente oscilação de preços muitas vezes provocada pela relação entre oferta e demanda, alega que são condições casuais e sempre variáveis. Eles representam uma exceção que representa uma infração à lei de troca e mercadoria, pois em longo prazo, o tempo de trabalho se impõe a força como uma lei racional e inquebrantável.

 

A mais-valia

A teoria de valor do trabalho de Marx define que como valores, mercadorias são apenas medidas de tempo do trabalho cristalizado que sempre se acentuariam independendo das oscilações de preços. Este fator estaria intimamente ligado ao valor dos salários e ao lucro supostamente indevido dos capitalistas. A partir de então, Marx passa a segunda parte de sua doutrina. Ele visa dissertar sobre o lucro. Marx entende que os capitalistas usam de determinadas somas em dinheiro para produzir mercadorias e transformá-las por meio da venda em dinheiro. Uma vez que os valores dos bens, supostamente derivariam exclusivamente do valor do trabalho, para continuar sua produção, precisariam de um excedente obtido em relação à soma de capital originalmente aplicada. Esta seria a mais-valia. Neste sentido, Marx compreende que este valor não poderia vir do fato de que os capitalistas compram mercadorias por um valor menor que o da revenda. Ele deseja analisar os lucros desde sua raiz: nos processos que envolvem os meios de produção.

Para resolver este problema, Marx alega que existe uma mercadoria de valor único entre todos os bens produzidos, voltando-se novamente a força de trabalho. Ela é o produto posto a venda em dupla condição: primeiro o trabalhador é livre. No trabalho, ele vende-se como pessoa. Em segundo, neste ato, ele é destituído de seu labor, visto que caso detivesse o que produz por inteiro, obviamente trabalharia por contra própria. Assim Marx teria encontrado o que seria tomado como excedente: a quantidade de trabalho empregue na produção da mercadoria, o que supostamente explicaria o gênese do lucro capitalista em qualquer tipo de produção. Para Marx, a exploração capitalista é igual à que ocorre com um senhor de escravos. O escravista trabalha uma carga horária muito inferior aos seus servos e se apropria da quase totalidade da produção, destilando a eles, o mínimo para subsistência.

Para demonstrar o conceito de mais-valia, Marx dá o seguinte exemplo: se o trabalhador produz em seis horas o necessário para sua sobrevivência, o que hipoteticamente valeria três moedas de ouro – o que Marx chama de tempo de trabalho necessário. Todavia, o escravista força-o a trabalhar 12 horas, se apoderando de outras três moedas de ouro – o que é chamado de tempo de trabalho excedente. Da mesma forma ocorreria na exploração capitalista. Tomemos como exemplo um proletário trabalha 12 horas para o capitalista, produzindo $ 12 onde são acrescidos os custos de produção (ferramentas, infraestrutura e encargos adicionais com adicionais com o trabalhador) no valor de $ 48. Assim o valor resultante da produção seria $ 60, sendo R$ 12 destinados ao pagamento do trabalhador. Todavia o capitalista pagaria somente $ 6, restando-lhe a mais-valia de $ 6. Deste modo, o empregador capitalista rouba o tempo do trabalhador, para que de forma parasitária possa se desenvolver tanto quanto ele.

Referências:

Karl Marx – O Capital

Karl Marx – Trabalho assalariado e o Capital

David Harvey – Lendo o Capital

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Christiano Di Paulla