Valor da obra – US$ 957 milhões (US$ 682 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht
Valor da obra – US$ 243 milhões
Empresa responsável – Odebrecht
Após a conclusão da obra, o governo equatoriano questionou a empresa brasileira sobre defeitos apresentados pela planta. A Odebrecht foi expulsa do Equador e o presidente equatoriano ameaçou dar calote no BNDES.
Valor da obra – US$ 124,8 milhões (US$ 90 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht
Após 3 anos, os dois países 'reatam relações', e apesar da ameaça de calote, o Brasil concede novo empréstimo ao Equador.
Valor da obra – US$ 1,2 bilhões (US$ 320 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht
Valor da obra – US$ 1 bilhão
Empresa responsável – Odebrecht
Valor da obra – US$ 152,8 milhões
Empresa responsável – Odebrecht
Valor da obra – US$ 180 milhões do BNDES
Empresa responsável – OAS
Valor – US$ 1,5 bilhões do BNDES
Empresa responsável – Odebrecht
Valor da obra – US$ 732 milhões
Empresa responsável – Odebrecht
Valor da obra – US$ 1,2 bilhões (US$ 300 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht
Valor da obra – US$ 460 milhões (US$ 350 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Andrade Gutierrez
Valor da obra – US$ 200 milhões ($125 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht
Valor da obra – US$ 220 milhões (US$ 180 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht
Valor da obra – US$ 1,1 bilhão (US$ 343 milhões)
Empresa responsável – Queiroz Galvão
*A Eletrobrás participa do consórcio que irá gerir a hidroelétrica
Valor da obra – US$ 199 milhões
Empresa responsável – Queiroz Galvão
Valor – US$ 26,8 milhões
Empresa responsável – San Marino
Valor – US$ 595 milhões
Empresa responsável – Embraer
Valor – Não informado
Empresa responsável – Andrade Gutierrez
Valor – Não informado
Empresa responsável – OAS
Valor – Não informado
Empresa responsável – Queiroz Galvão
Como estes existem mais de 3000 empréstimos concedidos pelo BNDES no período de 2009-2014. Conforme mencionado acima, o banco não fornece os valores… Ainda.
BNDES O CONTRIBUINTE PAGA A CONTA
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem se notabilizado por operar com caixa robusto, produzido por captações efetuadas no Tesouro Nacional. De 2008 a 2014, o Tesouro aportou nos cofres do banco de fomento R$ 473 bilhões. Nesse mesmo período, outros R$ 243 bilhões do FAT, PIS/Pasep e FGTS foram destinados também à instituição.
O Tesouro Nacional capta recursos no mercado pagando juros com base na taxa Selic e recebe do que aporta no BNDES juros com base na Taxa de Juros de Longo Prazo. Em cálculo de setembro último, requerido pelo Tribunal de Contas da União, o Ministério da Fazenda estimou que esses financiamentos subvencionados pela União custarão ao contribuinte brasileiro, no período 2012-2015, R$ 79,75 bilhões – quase R$ 20 bilhões anuais.
Para justificar os aportes, o governo argumentou que, além de auxiliar na recuperação da economia, os empréstimos garantiriam ao BNDES recursos para financiar projetos com foco em infraestrutura, importantes para manter as taxas de crescimento econômico esperadas.
Em evento realizado pelo Bank of America em 4 de março, o ministro Joaquim Levy fez questão de enfatizar que aportes adicionais do Tesouro para o BNDES aumentaram significativamente – mas não são mais instrumentos de política econômica!
Embora o ministro enfatize a mudança, sua posição não modifica os compromissos já assumidos pelo banco. O contribuinte brasileiro – ou seja, aquele que paga imposto – continuará pagando bilhões anuais em equalização de taxas de juros de dinheiro que foi utilizado para financiar grandes empresas e construir obras de infraestrutura no Brasil e no exterior.
Certo de que este era um bom negócio, o governo decidiu que o BNDES atuaria para incentivar as grandes empreiteiras nacionais a vender seus serviços de engenharia no exterior. Na sequência, países escolhidos sem critérios transparentes receberam financiamento do banco para contratar construtoras brasileiras e construir além-mar o que mais falta no Brasil: infraestrutura. De 2003 a 2013, o BNDES emprestou US$ 8,6 bilhões.
Chama a atenção nesse programa que os países com governos mais identificados e alinhados com o PT foram os grandes beneficiados. Dos US$ 8,6 bilhões emprestados pelo BNDES, Angola abocanhou 33%; a Argentina, 22%; a Venezuela, 14%; e Cuba, 7%, somando 76% do montante.
As informações relacionadas a essas operações não são fornecidas pelo governo: são classificadas como sigilosas. Em outras palavras, o governo diz que um empréstimo realizado por empresa pública, com dinheiro do contribuinte brasileiro, que terá juros subsidiados pelos trabalhadores, não pode ter seus detalhes revelados ao público.
Aguardo votação no STF de um mandado de segurança que impetrei contra o sigilo dos empréstimos. Nesse contexto, projeto de minha autoria que propõe a extinção de sigilo bancário nas operações realizadas pelas instituições oficiais de crédito que tenham como contraparte Estados estrangeiros foi recentemente aprovado na Comissão de Relações Exteriores.
Não é aceitável que as condições de empréstimos destinados à construção de um porto em Cuba, uma hidrelétrica no Equador, um metrô no Panamá e outro na Venezuela possam permanecer sob o manto do sigilo.